Desde os primórdios a humanidade aprendeu a valorizar o vinho. É considerada a única bebida que aguça os cinco sentidos. Nenhuma outra recebe tanta atenção dos cientistas mundo afora. Composto por cerca de 400 substâncias, estudos que surgem sempre trazem novidades sobre seus efeitos benéficos. Parece ser uma eterna fonte de ótimas e surpreendentes descobertas.
Na dose certa, preferencialmente nas refeições, duas taças (cerca de 300ml) para homens e uma para mulheres, protege o coração, o fígado e o cérebro.
Em especial, duas substâncias abundantes nos vinhos tintos têm contribuído para torná-lo cada vez mais apreciado. A tiramina e o resveratrol.
A tiramina aumenta a produção de serotonina, neurotransmissor responsável pela sensação de bem-estar e pela prevenção de transtornos emocionais variados (leia o post “O segredo é a tal serotonina”).
No início de 2011, cientistas da Universidade da Calábria, no sul da Itália, comprovaram que o resveratrol baixa a pressão arterial, aumenta o colesterol bom, diminui o colesterol ruim, melhora a circulação sanguínea, rejuvenesce as artérias, mantém o nível adequado de açúcar no sangue, retarda a arteriosclerose, é quimiopreventivo (reduz a incidência de câncer de pele) e dificulta a multiplicação de células malignas.
Como se não bastasse, o resveratrol proporciona maior longevidade ao estimular a replicação de células, pois quando o organismo envelhece perde essa capacidade.
As uvas merlot, tannat e cabernet sauvignon são as que mais têm resveratrol, substância da família dos polifenóis.
Os vinhos são ricos em microminerais como ferro, zinco, cobre, silício, cromo, selênio, cobalto, iodo, manganês, molibdênio e flúor. Esse mix de substâncias do bem tem poderoso efeito antioxidante e previne doenças diversas.
A presença de substâncias benéficas nos vinhos depende da safra, da região, da vinificação (tempo de maceração e temperatura), filtragem e armazenamento.
Pesquisa realizada pela Universidade Católica do Rio Grande do Sul em amostra com 36 rótulos indicou que depois dos franceses são os vinhos brasileiros que tem maior concentração de resveratrol. O índice variou de 0,82 a 5,75 mg/l com média de 2,6 mg/l, abaixo dos franceses que tem 5 mg/l. Vinhos que não passam pelo processo de filtragem atingiram 15mg/l. Na França são os vinhos com uva tannat que tem maior índice e no Brasil é a merlot.
Segundo estudo do Instituto do Coração de São Paulo, a ingestão de 5mg/l diariamente de resveratrol é suficiente para o organismo se beneficiar de suas milagrosas propriedades.
Os poderes do resveratrol são tão grandes que há estudos em andamento em vários países com previsão de colocar a venda em 2015 um medicamento à base deste magnífico polifenol.
Enquanto o medicamento não chega, escolha seu vinho favorito e faça diariamente um saboroso brinde à vida saudável mas sempre na dose certa.
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