sábado, 10 de dezembro de 2011

Protetor solar - o exagero não vem apenas do Sol

Excesso de exposição ao sol é um dos principais fatores que causam câncer de pele no mundo. Excesso de propaganda enganosa também afeta negativamente, mas somente o bolso de quem se deixa levar por ela.

Conheça a seguir como conseguir um saudável bronzeado de dar inveja, com qualidade e sem exagero nas despesas com protetor solar.

Há um engano popular ao pensar que a proteção solar permite ficar mais tempo ao sol. Na verdade a proteção permite absorver uma certa quantidade de radiação sem maiores danos à pele. Por exemplo, a quantidade de energia solar às 9h durante 1h equivale a somente 15 minutos às 13h.

Os gregos antigos usavam óleo de oliva como um tipo de filtro solar. Ao longo do início do século XX, muitos químicos tentaram criar um filtro solar efetivo, mas não conseguiram. Finalmente em 1944, o primeiro protetor solar foi desenvolvido, pelo medico Kaue Hans Xi Bahta.

No Brasil, o primeiro filtro solar foi introduzido em 1984 pela Johnson & Johnson, em três versões com FPS (Fator de Proteção Solar) 4, 8 e 15.

O protetor solar ou filtro solar é um produto que ajuda a proteger a pele da radiação ultravioleta do sol, reduzindo as queimaduras e outros danos à pele, intimamente ligado a um menor risco de câncer de pele.

Os melhores filtros solares protegem contra raios UV-B (radiação ultravioleta com comprimento de onda entre 290 e 320 nanometros), que pode causar queimaduras , e raios UV-A (entre 320 e 400 nanometros), que causam efeitos danosos à pele a longo prazo, como envelhecimento prematuro e cancer.

Muitos protetores contém tanto compostos orgânicos que absorvem a luz ultravioleta (como o oxibenzeno) ou um material opaco que reflete a luz (como o dióxido de titânio ou o óxido de zinco), ou uma combinação de ambos.

A dosagem de aplicação do filtro solar pode ser calculada considerando um adulto mediano com altura de 1,63m, peso de 68kg, 82cm de cintura e vestindo uma sunga. Seriam necessários exatamente 29g para cobrir sua área corporal exposta.

Avaliações mundo afora, indicam que a melhor proteção é alcançada com a aplicação do protetor de 15 a 30 minutos antes da exposição ao sol, seguida uma reaplicação de 15 a 30 minutos depois que a exposição ao sol começar e reaplicações a cada duas horas. Mais reaplicações somente são necessárias se a pessoa molhar o corpo ou se suar.

A estação do ano, latitude do local, hora do dia, cobertura de nuvens, tipo de pele e filtro solar usado, todos têm efeito na produção da vitamina D na pele, mas quinze minutos por dia de exposição direta ao sol geralmente é aceito pelos médicos para se atingir um ótimo resultado na produção de vitamina D. Os especialistas recomendam uma caminhada de 15 minutos pela manhã, antes das 10h, ou no final da tarde, após às 16h, sem a utilização de filtro solar, para atingir essa necessidade.

O FPS (Fator de Proteção Solar) é uma medida de laboratório que indica a efetividade do filtro solar. Quanto mais alto o valor do FPS, maior a proteção contra a radiação ultravioleta. O FPS indica a relação entre o tempo que a pessoa pode se expor à luz solar usando filtro solar antes de se queimar e o tempo que ela pode ficar exposta à luz solar sem filtro. Por exemplo, uma pessoa que se queimaria depois de 12 minutos no sol deve se queimar em 2 horas (120 minutos) se protegida com um filtro solar de FPS 10 (10 vezes mais proteção).

Na prática, a proteção de um filtro solar depende da cor da pele, quantidade aplicada, freqüência de reaplicação, hidratação do corpo (suar ou se molhar diminui a efetividade) e quantidade de filtro solar que a pele absorve.

A regra mais simples é quanto mais clara for a pele, mais alto deve ser o FPS. O mais recomendável é usar, no mínimo, FPS 15, inclusive para quem tem pele mais morena. Para quem se expõe com frequência vale a pena investir nos fatores de proteção mais altos, mesmo que as diferenças de proteção não sejam muito grandes. O FPS 15 filtra 93,3% da radiação ultravioleta B, enquanto o FPS 30 evita 96,7%.
Especialistas em fotoproteção da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) afirmam que para obter uma proteção eficaz o FPS mínimo é 15 com reaplicações a cada duas horas.  

O FPS é uma medida imperfeita do malefício à pele porque um dano invisível, o envelhecimento da pele, também é causado pela radiação ultravioleta tipo A, que não causa vermelhidão nem dor. Os filtros solares convencionais não bloqueiam o UV-A tão efetivamente quanto o UV-B. Em 2004 foi comprovado que o UV-A também causa danos ao DNA de células mais profundas da pele, aumentando o risco de ocorrer melanoma maligno. Até mesmo alguns produtos rotulados como "proteção contra o amplo espectro de raios UV-A e UV-B", não provêm boa proteção contra raios UV-A.

A melhor proteção contra o UV-A é provida por produtos que contêm óxido de zinco. Provê boa proteção o dióxido de titânio, mas não cobre todo espectro do UV-A.

Devido à confusão criada pelos consumidores sobre o grau verdadeiro e a duração da proteção oferecida, restrições nos rótulos dos produtos são impostas em vários países. Nos Estados Unidos, a Food and Drug Administration (FDA), o órgão federal americano regulador de alimentos e medicamentos, decidiu instituir o rótulo de FPS 30 para filtros que oferecem a máxima proteção. Essa atitude foi tomada para desencorajar empresas a produzirem falsos títulos com relação ao nível de proteção oferecida (tal como "proteção o dia inteiro") e porque um filtro com FPS acima de 30 não provê proteção significativamente maior.

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