O raríssimo cenário é inacreditavelmente belo. Praias cobertas de areia branca e fina, palmeiras formando um colar natural, águas em diversos tons de azul, do cristalino ao turquesa. Vegetação intocada. Do nascer ao pôr do sol, o visual é deslumbrante.
Tamanha beleza dá a sensação que esse pequeno "pedaço do nada" vai sumir do mapa porque não pertence a este mundo.
Cercado pelo oceano em expansão e castigado por seca histórica, o pequeno Tuvalu pode desaparecer ainda neste século, devido a mudança climática.
Tuvalu é o país que menos polui o meio-ambiente mas será o primeiro a sumir do mapa com os danos causados pelo aquecimento global, vítima de uma natureza cada vez mais revoltada com os abusos dos homens.
Localizado no sul da Oceania, faz parte da Polinésia, sendo formado por um grupo de nove atóis, em uma área marítima de 1.060.000 km².
Os atóis de coral que compõem Tuvalu eram inicialmente uma colônia espanhola, denominada Ilhas de Laguna. Com o nome de Ilhas Ellice, tornam-se protetorado britânico em 1892.
Em 1978 conquistam a sua independência com o nome de Tuvalu, aderem ao Commonwealth (organização, chefiada pelo Reino Unido, de 52 países independentes que foram colônias do Império Britânico, mais Moçambique e Ruanda) e adotam o regime de monarquia constitucional, sendo governado por um governador-geral e por um primeiro-ministro.
Oficialmente, Funafuti é a capital, atol formado por mais de 30 ilhas, das quais a maior é Fongafale, onde há quatro povoações, entre elas, Vaiaku, sede do governo. Por isso, as vezes, a capital de Tuvalu é chamada Fongafale ou Vaiaku.
O nome Tuvalu significa "grupo de oito", na língua tuvaluana, e simboliza suas oito ilhas que são habitadas. Grande parte das ilhas não passam dos 7 metros de altura e em alguns locais a largura da faixa de terra emersa no oceano tem menos de 30 metros.
Devido ao aquecimento global, o pequeno território de 26 km² do país (equivalente a área total ocupada pelas 21 ilhas, ilhotas e rochedos que formam o arquipélago de Fernando de Noronha) corre o risco de ser submerso pelas águas oceânicas. Tal risco tem sido muito divulgado pelos ambientalistas como um exemplo das consequências das emissões descontroladas de gases poluentes na atmosfera terrestre causadores do efeito estufa.
Tuvalu tem cerca de 13 mil habitantes, quase exclusivamente de origem polinésia, o menor do mundo, excetuando o Vaticano, e PIB de US$ 15 milhões em 2010. A água doce, inexistente de fonte natural, é fornecida por uma usina de dessalinização doada pelo Japão e por outras menores construídas pelos moradores.
Os principais produtos exportados por Tuvalu são copra (a polpa seca do coco), pândano (planta tropical utilizada em atesanato, culinária e paisagismo) e têxteis. A pesca e o cultivo de palmeiras são atividades tradicionais. Tuvalu também recebe receitas com a venda de sua bandeira para barcos internacionais e com as emissões de selos para colecionadores.
Parece estranho mas o turismo é pouco desenvolvido e a infraestrutura é básica. Existe apenas um hotel no país, localizado em Funafuti, onde fica também o único aeroporto, construído pelos EUA em 1943, durante a Segunda Guerra. Há alguns anos descobriu-se uma montanha marítima rica em corais rosa e outros diversos tipos de minerais. O dólar de Tuvalu tem paridade com o dólar australiano.
Para conhecer esse paraíso antes do desaparecimento, agende sua viagem fora do período de estiagem que costumar ir de novembro à abril, quando a falta de chuvas deixa o país ainda mais vulnerável e a população angustiada pelo incompreensível paradoxo de ter abundância e escassez de água simultaneamente ameaçadores.
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