segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Se o pato perde a pata ele fica viúvo ou aleijado?


Quanto é a metade de dois mais dois ?

O que vale ao longo da vida é a visão do mundo sob a ótica de cada um... é seguir a própria intuição...


Na sala de reunião de uma multinacional o diretor nervoso fala com sua equipe de gestores. Agita as mãos, mostra gráficos e, olhando nos olhos de cada um, ameaça: "Ninguém é insubstituível".
A frase parece ecoar nas paredes da sala de reunião em meio ao silêncio. Os gestores se entreolham, alguns abaixam a cabeça. Ninguém ousa falar nada.
De repente um braço se levanta e o diretor se prepara para triturar o atrevido:
- Alguma pergunta?
- Tenho sim. E Beethoven?

- Como? - reage o diretor confuso.
- O senhor disse que ninguém é insubstituível e quem substituiu Beethoven?
Silêncio...
O funcionário fala então:
- As empresas falam em descobrir e reter talentos, mas, no fundo continuam achando que os profissionais são peças dentro da organização e que, quando sai um, é só encontrar outro para por no lugar.
Quem substituiu Tom Jobim? Ayrton Senna? Ghandi? Frank Sinatra? Garrincha? Os Beatles? Santos Dumont? Bobby Fischer? Elvis Presley? Jorge Amado? Pelé? Albert Einstein? Picasso? Mozart? Isaac Newton?
Todos esses talentos marcaram a história fazendo o que gostam e o fizeram muitíssimo bem, ou seja, fizeram seu talento brilhar. E, portanto, são com certeza insubstituíveis.
Está na hora dos líderes das organizações reverem seus conceitos e começarem a pensar em como desenvolver o talento da sua equipe focando no brilho de seus pontos fortes e não utilizando energia em reparar seus erros e deficiências.
Ninguém lembra e nem quer saber que Beethoven era surdo, Picasso instável, Caymi preguiçoso, Kennedy egocêntrico, Elvis paranóico, Fischer recluso, Mozart devasso...
O que queremos é sentir o prazer produzido pelas sinfonias, obras de arte, discursos memoráveis e melodias inesquecíveis.
Líderes de organizações deveriam mudar o olhar sobre a equipe e voltar seus esforços em descobrir os pontos fortes de cada membro. Fazer brilhar o talento de cada um em prol do sucesso de seu projeto.
As empresas que focam em melhorar as fraquezas de suas equipes correm o risco de ser aquele tipo que barraria Garrincha por ter as pernas tortas, Albert Einstein por ter notas baixas na escola, Beethoven por ser surdo. E o mundo teria perdido todos esses talentos e suas obras maravilhosas.
Seguindo este raciocínio, homens e mulheres não teriam qualquer criatividade própria, talento individual... seriam apenas peças substituíveis.
"Estamos todos muito tristes com a 'partida' de nosso irmão Zacarias... e hoje, para substituí-lo, chamamos... ninguém... pois nosso Zaca é insubstituível", disseram seus companheiros no programa 'Os Trapalhões'.
"Sou um só, mas ainda assim sou um. Não posso fazer tudo..., mas posso fazer alguma coisa. Por não poder fazer tudo, não me recusarei a fazer o pouco que posso. O que fizer, vem do fundo de mim, é fruto da minha criação".

Autor desconhecido.

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