sexta-feira, 11 de maio de 2012

Beleza à Flor da Pele

Laboratórios reproduzem substância natural que renova as células da pele

O organismo produz uma substância chamada fator de crescimento (Growth Factor, em inglês) que entra em ação para estimular o desenvolvimento celular com o objetivo de recuperar a pele lesionada por ferimentos, cicatrizando o tecido em caso de corte ou regenerando os tecidos em queimaduras, por exemplo. 
Os cientistas conseguiram, na década de 80, sintetizar em laboratório os elementos dessa substância e passaram a utilizá-la no tratamento de feridas graves.
Mas se o tal fator de crescimento tem o poder de regenerar a pele, não agiria também contra o envelhecimento cutâneo ? A partir desse questionamento, novas pesquisas direcionadas aos efeitos da substância em aplicações à estética corporal foram iniciadas mundo afora.
Experiências bem sucedidas chamaram à atenção de médicos especializados em beleza. Em 2005 e 2006,  conceituados dermatologistas europeus e americanos apresentaram resultados seguros e promissores no uso da substância no tratamento estético.
As células envelhecidas vão perdendo a capacidade de recuperação ao longo dos anos devido à redução das funções do fator de crescimento. Portanto, o uso tópico da substância visa restabelecer as funcionalidades perdidas e consequentemente estimular o rejuvenescimento e dar firmeza à epiderme.
Comprovou-se que na pele o fator de crescimento estimula o aumento da espessura e também a produção de colágeno, a velha e boa fibra responsável pela firmeza da derme.
Comercialmente, no início de 2012, houve vários lançamentos de cosméticos com fórmulas manipuladas com base no fator de crescimento.
Na realidade, a substância que o organismo produz é uma numerosa família de fatores de crescimento e alguns membros foram selecionados pela indústria para uso em estética e beleza. Para a pele os mais utilizados são EGF (Epidermal Growth Factor), BFGF (Basic Fibroblast Growth Factor) e TGF (Transforming Growth Factor).
Nas prateleiras das farmácias e lojas de cosméticos as marcas mais encontradas são Buona Vita, Dermage, Dermatus e Vichy.
Mas tenha cuidado. O que funciona em pele de cor branca não pode ser aplicado da mesma maneira na pele negra, a qual tem 35 tonalidades distintas. Foliculite, melasmas, quelóide, melanina e colágeno são as principais diferenças. Foliculite é a "bolinha" que se forma quando o pelo nasce e se encrava por não passar no pequeno orifício. Melasmas são manchas escuras no rosto causadas pelo sol. Quelóide é uma cicatriz hipertrófica que se extende além da área da lesão ou incisão. Melanina em excesso, presente em pele escura, protege contra queimaduras mas causa hiperpigmentação se for aplicado laser com potência e frequência incorretas, provocando manchas. Em contrapartida na pele negra há maior concentração de fibras colágenas, o que dá aquela aparência de rosto lisinho e retarda o aparecimento de rugas e de celulites.
Veja a sugestiva comparação de rostos na ilustração, consulte o(a) seu(sua) dermatologista e leve juventude à sua cútis !  
Lembre-se também que é essencial cuidar da beleza da pele de dentro para fora. Há quatro minerais (Cobre, Magnésio, Silício e zinco) que auxiliam na formação do colágeno, fibroblastos e da elastina, substâncias que dão sustentação e elasticidade a pele, além de combaterem as estrias e os radicais livres. São encontrados em castanha, castanha do Pará, avelã, aveia, centeio, trigo, nozes, grão de bico, tâmara, banana, ostras, frutos do mar, soja, ovo, fígado e carne. Uma boa alimentação é fundamental para repor as necessidades da tez, mantendo-a saudável e bela.     

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